O QUE VOCÊ DESEJA SABER?
Se você deseja...
...compreender como se faz uma pesquisa científica...
...saber quem produz conhecimentos científicos na intersecção entre Ciências Sociais e Educação...
...participar de um grupo de pesquisa (GP)...
e muito mais... nesta página você encontrará respostas iniciais para estas e outras perguntas.
PERGUNTAS E RESPOSTAS [Em desenvolvimento]
1. O que é uma pesquisa científica?
1. O que é uma pesquisa científica?
Uma pesquisa científica é um processo sistemático de investigação que utiliza metodologias rigorosas e objetivas para obter novos conhecimentos sobre determinado tema ou problema. O objetivo da pesquisa científica é buscar uma compreensão mais profunda do mundo natural e social, identificando as relações entre as variáveis e testando hipóteses. A pesquisa deve seguir o método científico, que envolve a formulação de uma pergunta ou problema, a revisão da literatura já existente sobre o assunto, a elaboração de uma hipótese a ser testada, a coleta e a análise dos dados coletados e a elaboração de conclusões. É realizada por pesquisadores qualificados, como cientistas, professores e estudantes de pós-graduação, que desenvolvem projetos de pesquisa em instituições como universidades e centros de pesquisa. Os resultados de uma pesquisa científica são, geralmente, comunicados em artigos científicos e publicados em revistas especializadas. Há outras formas de disseminação dos resultados, como as apresentações em congressos e conferências e entrevistas nas mídias. A pesquisa científica é fundamental para o avanço do conhecimento em todas as áreas do saber, estimulando o desenvolvimento de novas tecnologias, soluções para problemas reais e melhorias na qualidade de vida da população.
2. O que é um projeto de pesquisa?
2. O que é um projeto de pesquisa?
Um projeto de pesquisa (PP) é um documento que descreve o planejamento de uma pesquisa científica. Ele contém informações básicas sobre o tema, os objetivos, as hipóteses, a metodologia empregada, o cronograma de atividades, o orçamento e a bibliografia. O PP é uma ferramenta importante que permite o pesquisador organizar e detalhar como será conduzida sua pesquisa e ajuda a fundamentar teoricamente a pesquisa e a torná-la mais clara e objetiva. O PP é elaborado por pesquisadores ou estudantes e deve ser apresentado para obtenção de financiamento, aprovação de uma banca examinadora ou para direcionar o planejamento de um estudo.
3. O que é iniciação científica júnior (ICJr)?
3. O que é iniciação científica júnior (ICJr)?
A iniciação científica júnior (ICJr) é um programa que oferece oportunidade para jovens estudantes do ensino fundamental e médio ingressarem no meio acadêmico e científico por meio de atividades de pesquisa, desenvolvidas em uma instituição de ensino superior. O objetivo do programa é introduzir os jovens no mundo científico e despertar o interesse pela pesquisa, além de incentivá-los a escolher profissões nas áreas de ciência, tecnologia, engenharias e matemática. A ICJr é uma excelente oportunidade para os estudantes aprenderem o processo de pesquisa científica, convivência em equipe, planejamento/desenvolvimento de projetos e o aprimoramento da escrita científica. Atualmente, diversas universidades e instituições de pesquisa têm programas específicos para jovens alunos, proporcionando o acesso a equipamentos, laboratórios e a convivência com profissionais capacitados.
4. O que é iniciação científica?
4. O que é iniciação científica?
Iniciação Científica (IC) é um programa que visa despertar o interesse dos estudantes de graduação para a pesquisa, através do desenvolvimento de projetos em colaboração com um professor orientador. É uma inserção prática na metodologia científica, no acompanhamento de projetos e na produção de trabalhos acadêmicos. Ao final do prazo de execução, o estudante deverá produzir um relatório do projeto desenvolvido e apresentá-lo em evento científico da instituição ou em congressos nacionais e internacionais.
5. O que é um grupo de pesquisa (GP)?
5. O que é um grupo de pesquisa (GP)?
É uma equipe que tem por objetivo investigar cientificamente determinado tema ou problema. Através da colaboração entre seus membros, os GPs buscam produzir novos conhecimentos e contribuir para o avanço da ciência e da tecnologia.
6. Quem pode participar de um GP?
6. Quem pode participar de um GP?
Pode participar de um GP qualquer pessoa que tenha interesse no tema e qualificação na área de conhecimento (ou seja, conhecimento teórico-metodológico, além de habilidades para realizar e analisar os dados das pesquisas). Um GP é composto por professores, pesquisadores de uma universidade ou instituição de pesquisa, mas também pode incluir profissionais de outras áreas, desde que tenham formação ou experiência relevante para o tema de estudo. Os estudantes de graduação e pós-graduação podem participar de GPs através de programas de iniciação científica, de pós-graduação e como voluntários. Os critérios para participação podem variar de acordo com cada GP e a política da instituição que o abriga. A capacidade de trabalhar em equipe e de produzir novos conhecimentos para o avanço da ciência também são levadas em consideração na formação de uma equipe de um GP.
7. Como posso participar de um GP?
7. Como posso participar de um GP?
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Conversando com professores: se você tem interesse em uma determinada área de pesquisa, procure conversar com os professores daquela área. Eles podem indicar quais são os GPs ativos na universidade e quais são as linhas de pesquisa desenvolvidas.
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Acompanhando reuniões científicas (congressos, simpósios, seminários e outros eventos acadêmicos), pois criam oportunidades para conhecer os trabalhos desenvolvidos por GPs e fazer contatos com pesquisadores atuantes na sua área de interesse.
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Fazendo buscas na internet: há informações disponíveis em sites institucionais sobre as linhas de pesquisa dos GPS na universidade. Procure descobrir os GPs ativos na instituição e seus temas de pesquisa, bem como os professores que os lideram. Um excelente recurso para a busca de GPs na internet é o Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq.
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Participando de iniciação científica: alguns GPs abrem vagas para alunos de graduação participarem de projetos de pesquisa em iniciação científica. Procure saber como funciona o processo seletivo na sua universidade.
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Buscando oportunidades de estágio: estágios em laboratórios e empresas parceiras dos GPs podem ser uma boa maneira de ingressar na área, ganhar experiência e em seguida se integrar ao grupo.
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Buscando pós-graduação: alguns GPs dão preferência para alunos de pós-graduação na composição de suas equipes.
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Atuando como voluntário de projetos de pesquisa.
8. Quais são as ações que um GP costuma realizar?
8. Quais são as ações que um GP costuma realizar?
Um GP realiza diversas ações para alcançar seus objetivos de investigação e produzir novos conhecimentos. Alguns exemplos incluem:
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Identificação de linhas de pesquisa de interesse e definição objetivos gerais e específicos.
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Desenvolvimento de projetos de pesquisa para investigação de temas específicos.
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Coleta de dados fazendo uso de métodos e técnicas de pesquisa.
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Análise e interpretação de dados para chegar a conclusões e resultados.
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Publicações: os resultados da pesquisa são divulgados em artigos científicos publicados em revistas especializadas, livros, papers etc.
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Organização e participação em eventos científicos como congressos, seminários e conferências para divulgar seus resultados e discutir temas relacionados.
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Formação de recursos humanos: o GP contribui para a formação de estudantes de graduação e pós-graduação, envolvendo-os em projetos e orientando-os em suas pesquisas, além de orientar mestrandos e doutorandos.
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Interação com outros GPs, o que permite a troca de informações e ideias, além do aprendizado mútuo, o que enriquece o trabalho de todos os envolvidos.
9. O que são “repercussões” em um GP?
9. O que são “repercussões” em um GP?
As "repercussões" em um grupo de pesquisa referem-se aos resultados ou efeitos que a atividade de pesquisa teve em determinado contexto, seja no âmbito acadêmico, científico ou social. É o produto final da pesquisa que contribuiu para a geração de novos conhecimentos, avanços tecnológicos, soluções de problemáticas da área em que foi realizada e que pode gerar impactos nas ações políticas ou sociais. As repercussões estão associadas às publicações e divulgações dos resultados das pesquisas em periódicos especializados, livros e reuniões científicas. É importante que os membros de um GP fiquem atentos às repercussões e trabalhem para que os resultados da pesquisa sejam confiáveis e atinjam os objetivos propostos.
10. Como os GPs beneficiam a universidade?
10. Como os GPs beneficiam a universidade?
Os GPs contribuem para a excelência acadêmica e científica das universidades porque contribui para
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o aumento da produção científica através de pesquisas inovadoras e de alta qualidade, o que ajuda a aumentar a visibilidade da instituição no cenário científico nacional e internacional.
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o acesso a recursos: os GPs podem receber financiamentos de agências de fomento e empresas, além de terem acesso à laboratórios, equipamentos e infraestrutura que aumentam a capacidade de realização de projetos de pesquisa.
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o desenvolvimento de novas tecnologias: alguns GPS focam no desenvolvimento de novas tecnologias, soluções e aplicativos que podem ser comercializados, criando oportunidades de negócios para a universidade.
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o fortalecimento do ensino: os GPs permitem aos alunos o contato com a pesquisa e oportunidade de participar de projetos inovadores, o que ajuda o ensino a se alinhar com o que há de mais moderno e relevante em cada área do conhecimento.
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a formação de recursos humanos: os estudantes que participam de GPs têm oportunidade de desenvolver habilidades e competências em pesquisa e tecnologia, o que potencializam sua formação acadêmica e profissional.
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atrair professores e pesquisadores altamente capacitados, reforçando a qualidade do corpo docente da universidade.
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a prestação de serviços para a comunidade: alguns GPs se dedicam a projetos de extensão, desenvolvendo ações que beneficiam a comunidade e gerando impacto social positivo.
11. O que é e como atua a Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da UERJ (PR2)?
11. O que é e como atua a Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa da UERJ (PR2)?
A PR2-UERJ é a unidade administrativa responsável pela articulação e gerência das atividades relacionadas à pós-graduação, à pesquisa e à inovação na UERJ, cabendo-lhe criar diretrizes da política institucional nesse âmbito e tem como principais objetivos:
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ampliar a atuação da instituição junto às agências de fomento;
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incentivar a capacitação docente e a iniciação cientifica de estudantes de graduação;
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supervisionar e incentivar o desenvolvimento de cursos de pós-graduação;
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gerenciar programas institucionais para o desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação, como por exemplo, o Programa Prociência, Professor Visitante, Proatec;
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fomentar a articulação entre GPs para desenvolvimento de projetos multiusuários;
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ampliar a inserção internacional da UERJ, incluindo a mobilidade de pesquisadores e alunos em todos os níveis, bem como o desenvolvimento de projetos bilaterais de pesquisa e programas de co-tutela;
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disseminar a cultura de inovação;
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promover a internacionalização da universidade, estabelecendo parcerias com instituições de ensino e pesquisa de outros países; dentre outros.
12. Como um GP se relaciona com o ensino de graduação e de pós-graduação?
12. Como um GP se relaciona com o ensino de graduação e de pós-graduação?
Geralmente, os GPs estão ligados às instituições de ensino superior (IES), como universidades e faculdades. Por esta razão, devem manter uma relação de integração e complementaridade, envolvendo os estudantes em atividades de pesquisa como uma forma de ampliar sua formação e estimular a sua capacidade de produzir conhecimento. Isso pode ser feito através dos programas de iniciação científica, práticas orientadas de pesquisa (como trabalhos de conclusão de curso de graduação, dissertações e teses de pós-graduação), além de projetos de pesquisa, dentre outras atividades. Por outro lado, os resultados da pesquisa também devem ser voltados para o ensino com a finalidade de contribuir para a formação dos estudantes e qualificar o processo de ensino-aprendizagem. O conhecimento científico é dinâmico e se não for incorporado ao currículo pode produzir uma formação inadequada dos novos profissionais e pesquisadores. Em suma, a relação entre ensino e pesquisa em um GP é uma via de mão dupla em que as disciplinas de formação do currículo acadêmico preparam o estudante para a participar do GP e o GP, por meio de suas pesquisas, trazem novos insights, teorias e metodologias que podem ser incorporados aos programas de ensino de graduação e pós-graduação, permitindo que esses programas estejam sempre atualizados e conectados com a produção científica mais recente em suas respectivas áreas de atuação.
13. Qual a importância da integração entre a graduação e pós-graduação em um GP?
13. Qual a importância da integração entre a graduação e pós-graduação em um GP?
A integração entre a graduação e a pós em um GP é fundamental para o desenvolvimento dos projetos e formação dos estudantes envolvidos. Para tanto, será preciso
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definir como os estudantes de graduação e pós podem contribuir para atingir os objetivos das pesquisas em andamento;
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disponibilizar recursos e estruturas físicas para que a equipe do GP possa atingir seus objetivos, como equipamentos, laboratórios e bibliotecas;
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fomentar a participação de estudantes de graduação e pós em atividades conjuntas, como monitorias, seminários, aulas, entre outras, para que todos possam trocar ideias;
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estabelecer um ambiente colaborativo, em que estudantes e pesquisadores possam se comunicar facilmente e trocar experiências, ideias e sugestões;
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proporcionar oportunidades para os estudantes de graduação desenvolverem atividades de pesquisa, por meio de projetos de iniciação científica;
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estimular a comunicação e o diálogo entre as diferentes áreas de conhecimento, como forma de ampliar as possibilidades de pesquisa e promover a troca de experiências;
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promover a publicação conjunta de artigos científicos, a apresentação de trabalhos em congressos e eventos, para que os estudantes, independentemente da sua formação, possam contribuir e se engajar na produção científica.
A integração entre a graduação e a pós-graduação em um GP deve ser constante. É preciso que todos os membros do GP tenham um ambiente propício para concretizarem suas ideias, em que as sugestões e ideias sejam valorizadas no mesmo patamar que a experiência dos pesquisadores.
14. Como um GP se relaciona com a extensão universitária?
14. Como um GP se relaciona com a extensão universitária?
Um GP bem-sucedido deve se integrar não só com o ensino, mas também com a extensão universitária. A extensão universitária é uma atividade que visa promover a troca de conhecimentos entre as instituições de ensino superior (IES) e a comunidade externa, oferecendo serviços e ações que contribuam para o desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural de uma determinada região. A extensão universitária envolve a transferência da produção acadêmica para a prática social. Dessa forma, os grupos de pesquisa podem contribuir para a extensão universitária por meio da aplicação dos novos conhecimentos e das novas tecnologias em ações direcionadas à sociedade para que ela possa se beneficiar dos avanços da ciência e da tecnologia. A extensão universitária, por sua vez, pode contribuir para a produção científica do GP ao proporcionar o contato com diferentes realidades sociais e a oportunidade de rever processos e estratégias de investigações que aperfeiçoem as suas atividades de pesquisa. Essa integração é fundamental para ampliar a relevância social das pesquisas desenvolvidas pela universidade.
15. Qual é a importância da parceria institucional para um GP?
15. Qual é a importância da parceria institucional para um GP?
A parceria institucional é fundamental para as atividades de um GP, pois permite a ampliação das possibilidades de pesquisas e projetos, além de proporcionar acesso a recursos e infraestrutura (como o compartilhamento de equipamentos, softwears, acesso aos bancos de dados, amostras etc.). A parceria institucional pode ocorrer entre diferentes áreas da universidade, como entre departamentos ou institutos, ou ainda entre universidades e outras instituições, como empresas, fundações e órgãos governamentais, permitindo desenvolver projetos em conjunto e compartilhar recursos. Isso possibilita a participação em editais e projetos em conjunto, que podem receber mais financiamentos e ter maior visibilidade. Vale destacar que a parceria institucional também pode ser importante para a formação dos estudantes, que podem ter a oportunidade de participar de projetos em outras instituições, ampliando sua rede de contatos e oportunidades acadêmicas e profissionais.
16. Qual é a relação entre um GP e a pós-graduação lato sensu (ou curso de especialização)?
16. Qual é a relação entre um GP e a pós-graduação lato sensu (ou curso de especialização)?
A relação entre um GP e a pós-graduação lato sensu pode ser menos direta do que a relação existente entre o GP e a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Enquanto a primeira têm um enfoque mais prático e aplicado, a segunda é orientada para a pesquisa e a produção de conhecimento científico. No entanto, os GPs podem ter algumas conexões e relevância para esses tipos de cursos porque podem oferecer aos estudantes um contato mais próximo com as pesquisas em andamento e contribuições recentes em suas respectivas áreas de estudo. Ainda podem realizar atividades como cursos, palestras e workshops, contribuindo para o aprimoramento da formação e atualização sobre determinada área temática. Para aqueles estudantes que desejam investir em uma formação acadêmica mais aprofundada, o contato com GPs pode ser uma forma de tomar conhecimento das áreas de pesquisas e temas relevantes que poderão ser tema de futuros estudos ou de pesquisas de conclusão de curso.
17. Qual é a relação entre um GP e o mestrado profissional?
17. Qual é a relação entre um GP e o mestrado profissional?
O mestrado profissional (MP), diferentemente do mestrado acadêmico (MA), busca formar profissionais altamente especializados e capacitados para aplicar de forma direta e imediata o conhecimento adquirido em suas atividades profissionais. A relação entre o GP e o MP pode ser bastante significativa, na medida em que ambos se concentram na aplicação prática do conhecimento adquirido em sua área de atuação. Além disso, os GPs podem desenvolver projetos e atividades de extensão que envolvam estudantes de MP, permitindo uma maior integração entre os profissionais já atuantes na área e os pesquisadores, o que pode contribuir para um diálogo mais fluido entre prática e teoria.
18. Como um GP pode contribuir para a elaboração de políticas públicas?
18. Como um GP pode contribuir para a elaboração de políticas públicas?
Um GP pode contribuir para a elaboração de políticas públicas de diferentes maneiras:
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realizando pesquisas que partem das demandas da sociedade, organizações da sociedade civil, grupos comunitários e outras instâncias sociais, sobre temas relevantes para a elaboração de políticas públicas, como por exemplo, a situação socioeconômica de uma região, a qualidade dos serviços públicos, a efetividade das políticas sociais, entre outros, fornecendo dados empíricos e informações relevantes para a tomada de decisões;
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realizando diagnósticos e estudos de impacto de políticas públicas já implementadas, a fim de avaliar sua eficácia, efetividade e impacto na sociedade, a partir de uma avaliação crítica e sistemática das informações disponíveis;
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formulando recomendações para políticas públicas, baseadas em evidências empíricas e em uma reflexão crítica sobre a realidade socioeconômica e política, em articulação com outros grupos e organizações;
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participando fóruns, grupos de trabalho e outras instâncias de diálogo com os diferentes atores envolvidos na elaboração de políticas públicas, oferecendo informações e argumentos precisos para a tomada de decisões;
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elaborando estudos e análises comparativas de políticas públicas em outras regiões do país ou do mundo, avaliando seus impactos e sugerindo adaptações ou mudanças necessárias para a realidade local.
Em resumo, um GP pode contribuir para a elaboração de políticas públicas por meio de uma produção científica rigorosa e comprometida com a realidade social em que está inserido, apresentando novos argumentos, dando suporte à sociedade e colaborando com a sociedade no processo de construção de políticas mais eficazes e transformadoras.
19. Como é a relação entre os GPs e órgãos de fomento à pesquisa?
19. Como é a relação entre os GPs e órgãos de fomento à pesquisa?
Os órgãos de fomento têm como principal objetivo incentivar a pesquisa científica em âmbito nacional ou internacional, contribuindo para a formação de recursos humanos, criação de novas tecnologias e o desenvolvimento da ciência de modo geral. Os GPs podem ser contemplados com financiamentos para a realização de projetos de pesquisa específicos e para o desenvolvimento de infraestrutura laboratorial. As bolsas de estudos desses órgãos são uma forma de incentivo para a formação de jovens pesquisadores. A colaboração com empresas e outras instituições de pesquisa e órgãos governamentais pode resultar em convênios e acordos de cooperação para o desenvolvimento de pesquisas e projetos conjuntos, ampliando ainda mais a visibilidade e alcance dos GPs.
20. Como posso obter uma bolsa de IC de algum órgão de fomento à pesquisa?
20. Como posso obter uma bolsa de IC de algum órgão de fomento à pesquisa?
Para um estudante obter uma bolsa IC é necessário seguir alguns passos:
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Elaborar e atualizar o Currículo Lattes (CL) periodicamente. O CL é um formulário online onde ficam registradas as atividades profissionais e acadêmicas dos pesquisadores, estudantes de nível superior e de pós-graduação, e está disponível na Plataforma Lattes do CNPq. Atualizar periodicamente o CL e arquivar os documentos comprobatórios é muito importante, pois serão exigidos em várias situações da vida acadêmica.
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Acompanhar chamadas ou editais de seleções de bolsistas da própria instituição de ensino ou de outra. Se a bolsa IC estiver vinculada à determinada universidade, você só poderá concorrer se estiver fazendo a graduação nela. Se for oferecida diretamente pelo órgão de fomento, há regras específicas para acesso às bolsas IC e o processo seletivo normalmente se baseia em critérios como desempenho acadêmico, currículo, avaliação do orientador, entre outros. É importante estar atento às exigências e prazos estabelecidos nos editais e formulários de inscrição e estar ciente de que a concessão de bolsas de IC é limitada e disputada, por isso, é primordial se preparar e se dedicar ao máximo.
21. O que é e como atua a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)?
21. O que é e como atua a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)?
A CAPES é uma fundação pública vinculada ao Ministério da Educação do Brasil, fundada em 1951. É responsável por garantir a qualidade da pós-graduação brasileira por meio da avaliação e do financiamento de programas de pós-graduação. Além disso, a CAPES coordena programas de intercâmbio acadêmico, bolsas de estudos, prêmios, entre outras iniciativas relacionadas à formação e capacitação de profissionais de nível superior. A CAPES mantém parcerias com outras instituições governamentais, organismos internacionais e universidades estrangeiras para fomentar o intercâmbio acadêmico e a pesquisa científica no país.
22. O que é e como atua o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)?
22. O que é e como atua o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)?
O CNPq é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) do Brasil - fundada em 1951. As atuações do CNPq que mais se destacam são:
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concessão de bolsas de estudo para estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisa, além de oferecer bolsas para pesquisadores e professores visitantes.
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financiamento de projetos de pesquisa em todas as áreas do conhecimento e em todos os estágios de desenvolvimento, desde projetos em fase inicial até projetos de grande escala.
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apoio à infraestrutura científica, como a reforma de laboratórios, além de fornecer equipamentos para pesquisas científicas avançadas.
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incentivo à pesquisa em parcerias entre universidades, empresas e instituições de pesquisa, promovedo o compartilhamento de conhecimento e recursos para o desenvolvimento de projetos de pesquisa conjuntos.
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coordenação do Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do Brasil.
23. O que é o Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq?
23. O que é o Diretório de Grupos de Pesquisa (DGP) do CNPq?
O DGP é uma plataforma online que reúne informações sobre GPs cadastrados no CNPq. Trata-se de uma iniciativa para acompanhar e avaliar a produção científica do país, assim como direcionar políticas públicas para o avanço da pesquisa da inovação tecnológica. A plataforma permite consultar informações dos GPs, como: nome, instituição de origem, líder(es) do grupo, área de atuação, linha(s) de pesquisa, produção científica, recursos, dentre outras.
24. O que é e como atua a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)?
24. O que é e como atua a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)?
A FAPERJ é uma instituição pública vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) do Estado do Rio de Janeiro. Criada em 1995, a FAPERJ tem como objetivo fomentar a pesquisa científica e tecnológica no estado do Rio de Janeiro, oferecendo recursos financeiros para o desenvolvimento de projetos de pesquisa em diversas áreas do conhecimento, oferecer bolsas de estudos, contratação de pesquisadores, financiamento para eventos científicos e apoio à infraestrutura de pesquisa. Alguns dos programas mantidos pela FAPERJ incluem:
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Programas temáticos: financiam projetos de pesquisa com foco em determinadas áreas estratégicas para o estado do Rio de Janeiro, como saúde, meio ambiente, tecnologia, entre outras.
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Programa de Iniciação Científica (IC): oferece bolsas de estudos de iniciação científica para estudantes de graduação.
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Programa de Apoio à Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE): financia a formação de mestres e doutores em áreas prioritárias para o desenvolvimento do estado.
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Programa de Infraestrutura de Pesquisa: financia aquisição de equipamentos e infraestrutura de pesquisa para instituições de ensino superior e pesquisa no estado do Rio de Janeiro.
25. O que é o Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da UERJ?
25. O que é o Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da UERJ?
O PPCIS/UERJ é um programa de pós-graduação stricto sensu em nível de mestrado e doutorado em Ciências Sociais, tem como área de concentração a Sociologia. O PPCIS foi criado em 1994, inicialmente oferecendo apenar curso de mestrado.
26. O que é uma sociedade científica?
26. O que é uma sociedade científica?
Uma sociedade científica é uma organização sem fins lucrativos que reúne pesquisadores, estudantes e profissionais de determinada área do conhecimento (como a sociologia, a antropologia, a ciência política e outras) com o objetivo de desenvolver e promover a ciência e a pesquisa em suas diversas vertentes. Elas podem ter membros individuais ou instituições, com alcance local, regional, nacional ou internacional. Entre as atividades desenvolvidas por sociedades científicas estão a organização de congressos, simpósios, conferências e workshops, a publicação de journals e a promoção de prêmios para incentivar a pesquisa e a produção científica. As sociedades científicas também desempenham um papel importante no estabelecimento de padrões éticos e profissionais em suas áreas de atuação, além de fornecer um espaço de diálogo e troca de informações entre seus membros. A adesão a uma sociedade científica pode requerer uma taxa de associação ou filiação, e seus membros podem ser oriundos de diferentes campos de atuação.
27. Como os GPs se relacionam com as sociedades científicas?
27. Como os GPs se relacionam com as sociedades científicas?
Os GPs podem integrar-se às sociedades científicas de suas respectivas áreas de atuação ou multidisciplinares, participando de eventos e atividades organizadas por elas e ampliando seu networking e suas chances de estabelecer colaborações em suas pesquisas. As sociedades científicas, por sua vez, podem se beneficiar do conhecimento e das pesquisas desenvolvidas pelos GPs, que podem ajudar a identificar demandas e oportunidades para a promoção de pesquisas mais avançadas e de interesse geral. Além disso, a participação em sociedades científicas pode ser importante para a formação e atualização de pesquisadores, estudantes e profissionais, à medida que permite o contato próximo com novidades, tendências e metodologias em seus campos de atuação. A participação em sociedades científicas também pode ser relevante para a divulgação de pesquisas e para a obtenção de financiamentos e outras formas de suporte.
28. Quais são as principais sociedades científicas brasileiras nas áreas das chamadas Ciências Sociais e Educação?
28. Quais são as principais sociedades científicas brasileiras nas áreas das chamadas Ciências Sociais e Educação?
ANPOCS - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais: fundada em 1977, tem como objetivo principal representar os programas de pós-graduação e pesquisa em ciências sociais no Brasil, bem como promover e incentivar a pesquisa científica nessas áreas. Reúne cerca de 120 programas de pós-graduação em ciências sociais, abrangendo as áreas de antropologia, ciência política e sociologia.
ANPEd - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação: é uma associação científica que tem como objetivo promover a educação no Brasil. Foi fundada em 1978 e conta atualmente com cerca de 200 programas de pós-graduação em educação afiliados. A ANPED é uma associação independente, mas mantém uma relação de cooperação e diálogo com outras associações científicas e profissionais, como a ANPOCS. As ciências sociais e a educação são áreas interdisciplinares e complementares. Muitos pesquisadores trabalham em ambas as áreas, e a ANPOCS e a ANPED têm a missão de promover a integração e o diálogo entre essas áreas do conhecimento.
SBS - Sociedade Brasileira de Sociologia: foi fundada em 1954, a SBS atua como um fórum de discussão, pesquisa e produção científica em sociologia e disciplinas associadas, bem como em debates sobre questões sociais relevantes para o país. Tem como objetivo promover o avanço da sociologia, não apenas como um campo de conhecimento científico, mas também como fonte de reflexão sobre as questões e problemas da sociedade brasileira e mundial.
ABA - Associação Brasileira de Antropologia: foi fundada em 1955, tem como objetivo promover e desenvolver a antropologia no Brasil e tem como princípios fundantes a pluralidade teórica e metodológica, a defesa dos direitos humanos e da diversidade cultural, a valorização da prática etnográfica e a preocupação com os desafios contemporâneos que se apresentam para as sociedades humanas, como a globalização, a desigualdade social, a violência e a intolerância. Além disso, a ABA tem uma Comissão de Ética que atua no sentido de zelar pela integridade da pesquisa científica em antropologia e pelos direitos e interesses das populações estudadas.
ABCP - Associação Brasileira de Ciência Política: foi fundada em 1986, tem como objetivo promover o desenvolvimento da ciência política no Brasil e sua difusão na sociedade e tem como princípios a defesa e a promoção da democracia, da cidadania e da participação política, bem como a valorização do pluralismo, da diversidade e da liberdade de expressão.
ABECS - Associação Brasileira de Ensino de Sociologia: foi fundada em 2004, se dedica a promover a troca de experiências entre profissionais do ensino da sociologia, além de difundir conhecimentos teóricos e práticos sobre o tema. A ABECS conta com a participação de pesquisadores, professores e estudantes de sociologia. A associação tem como missão contribuir para a consolidação da sociologia como disciplina curricular na educação básica e superior, além de promover a formação de professores e a produção de conhecimento científico sobre o ensino e a aprendizagem da sociologia.
29. Quais exemplos podem ser citados de sociedades científicas internacionais na área das ciências sociais?
29. Quais exemplos podem ser citados de sociedades científicas internacionais na área das ciências sociais?
ISA - International Sociological Association
IPSA - International Political Science Association
WCCA - World Anthropological Union
CLACSO - Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais
ALAS - Asociación Latinoamericana de Sociología
ALA - Asociación Latinoamericana de Antropología
ALACIP - Asociación Latinoamericana de Ciencia Política
30. Quais exemplos podem ser citados de fundações, institutos e organizações brasileiras e internacionais que produzem pesquisas nas áreas de conhecimento das Ciências Sociais e Educação?
30. Quais exemplos podem ser citados de fundações, institutos e organizações brasileiras e internacionais que produzem pesquisas nas áreas de conhecimento das Ciências Sociais e Educação?
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
FCC - Fundação Carlos Chagas
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
OCDE - Organisation for Economic Co-operation and Development